terça-feira, 22 de janeiro de 2013



Ave ó Maria imaculada de estrelas coroada, Vosso coração sobre o mundo reinará!
Ave lírio de Líbana pureza! Ave mãe da infinita grandeza rainha virginal!
Concedestes-vos o verbo encarnado, e de vós nasceu o rei esperado.
Maravilha sem igual! Ave ó Maria imaculada de estrelas coroada,
Vosso coração sobre o mundo reinará! Ave virgem poderosa e terrível,
Contra as trevas sois na luta invencível. Universo dominais!
Vosso nome é um brado de guerra, despeçais o mal da face 
da terra e as potencias infernais.
Ave ó Maria imaculada de estrelas coroada, Vosso coração 
sobre o mundo reinará!
Quando veio o mensageiro celeste, Vós, sem dúvida, a ele dissestes:
Eis a escrava do senhor!
Concedei-nos, pois um dom inefável: Ser escravos vossos, mãe admirável. 
E viver de vosso amor!
Ave ó Maria imaculada de estrelas coroada, Vosso coração sobre o mundo reinará!
Soberana de insondável clemência restaurai em nós a santa inocência.
Oh sacrário de Jesus! E na hora da mortal agonia,
Recebei-nos, doce virgem Maria, na mansão da eterna luz.
Ave ó Maria imaculada de estrelas coroada,
Vosso coração sobre o mundo reinará!
Dos aflitos sois a consoladora.
Dos errantes, guia e protetora. Esperamos sempre em vós!
Nunca foi por vós, alguém desprezado, se confiante
Houver-nos suplicado.
Minha mãe rogai por nós!

domingo, 20 de janeiro de 2013

O bom Acólito é aquele que torna a Eucaristia num ato digno de louvor mas sem se louvar por isso, ou seja, ele tem que ter sempre como seu principal objetivo a entrega total ao serviço a Deus e não o propósito de se exibir ou esperar algo em troca. O bom acólito é aquele que compartilha com o cristo a felicidade de viver, aquele que louva, que as vezes é exagerado por amor, mas que sabe parar e escultar quando preciso for, o verdadeiro acólito é aquele que sempre se põe humildemente a serviço de Deus nos seus santos, padres e leigos e como um dia falou o Beato João Paulo II PP. : Servos dos servos de Deus!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Funções Litúrgicas: O Cerimoniário


Se me pedissem para definir o cerimoniário em poucas palavras, diria que é aquele que é discreto e se antecipa às ocasiões.
Veremos adiante que estas são características das mais principais de um bom cerimoniário, mas que possui ainda outras qualidades.
discrição deve ser uma qualidade que todo coroinha/ acólito – e não somente o cerimoniário – deve possuir. Sem ela você nunca conseguirá desempenhar satisfatoriamente sua função.
antecipação, característica do cerimoniário, se dá quando ele (a) se adianta a uma situação, ajudando para aprimorar alguma coisa ou impedindo que algo de ruim ou errado aconteça. Por exemplo: durante a missa haverá um batizado. Então você notou que o padre esqueceu o livrinho – sacramentário. Cabe a você, como cerimoniário, ir a procura deste e livro e estar com ele quando o celebrante precisar ou discretamente e em momento oportuno, entregá-lo ou colocá-lo próximo ao missal. Isto é antecipar-se!
Se você não se antecipar a situações como estas o que poderá acontecer?
* O Padre irá lhe pedir o sacramentário. No entanto, seria ótimo para você e para o seu grupo que, antes do padre pedi-lo, você já esteja com ele pronto para ser entregue.
* Ou chegará o momento de o batizado começar mas o padre esqueceu o livrinho e você não notou sua falta ou não foi buscar a tempo. Ficará, então, uma lacuna na celebração até que o sacramentário seja entregue ao celebrante.
Note que acima, falei outra característica  essencial de um bom cerimoniário: a atenção. Aliada aobservação, a atenção nos permite estarmos sempre alerta, ou seja, atentos e  prontos para qualquer ocasião que necessite da nossa intervenção.
Mas estas qualidades emanam do principal dom que um cerimoniário deve ter: o profundo conhecimento da Liturgia Conhecer o tipo de celebração, os momentos próprios da celebração que você estará escalado, saber o que acontecerá de diferente, enfim, estar consciente de toda a celebração que você ajudará a conduzir, são primordiais a esta função.
Lembrando… O que fazer para ser um bom cerimoniário?
* conhecer profundamente a liturgia e o tipo de celebração que você irá desempenhar a função. Chegue cerca de 30 minutos antes de seu início e converse com o celebrante a respeito dela.
* Esteja sempre atento a tudo que o rodeia: preste bastante atenção ao celebrante, pois a qualquer momento ele pode precisar de sua ajuda e lhe chamar.
* Antecipe-se a qualquer situação/ ocorrência.
* Seja discreto. Aprendi e costumo dizer que “se uma missa for filmada, o cerimoniário é o único que não aparece, tamanha a sua discrição.
* Estude, atualiza-se, leia bastante.
Uma dica ao seu Grupo:
Mesmo tendo cerimoniário, é costume de alguns celebrantes não recorrerem a ele, e sim ao coroinha mais próximo, com o intuito de ser atendido mais rapidamente. Converse antes com seu pároco e com os coroinhas do seu grupo para habituarem-se a fazer uso, nessas horas, somente do cerimoniário.
Mas atenção! O padre chama outro coroinha porque, algumas vezes, o cerimoniário não está lhe dando a devida atenção.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

"Eucaristia Mastigada".


"Desde criança, eu aprendi que não devemos mastigar a hóstia consagrada porque estaríamos 'machucando' o corpo de Jesus. Cresci com essa impressão e hoje, aos 42 anos, ainda espero a hóstia se dissolver na boca. Mas eu já vi gente que mastiga a hóstia e a engole rápido. Como devemos proceder?" (Maria Sebastiana Antunes - Águas Lindas, Ananindeua).


Para responder à pergunta precisamos de uma breve reflexão teológica sobre a Eucaristia. A Eucaristia perpetua o sacrifício da cruz, renovando-o pela ação sacerdotal de Cristo na sua Igreja, realizando assim, de maneira contínua, a obra da redenção.

"A missa não é só um banquete, nem é celebração de um memorial do sacrifício que foi oferecido em tempos passados, mas a missa mesma é um verdadeiro sacrifício, que tem valor expiatório e deprecatório. Isto significa: é oferecido em remissão dos nossos pecados e para implorar graças a Deus" (Concílio de Trento, sessão XXII, século XVI).

"Na última Ceia, Nosso Senhor instituiu o sacrifício eucarístico de seu Corpo e seu Sangue; por este sacrifício ele perpetua (põe presente pelos séculos afora) o sacrifício da Cruz".(cf. Concílio Vaticano II, Constituição sobre a Sagrada Liturgia, Sacrossanctum Concilium, n. 47). Os textos indicam que a presença de Cristo no pão e no vinho é real e substancial. Isto é, o pão e o vinho deixam de ser pão e vinho e passam a ser Corpo e Sangue de Cristo. O pão e o vinho mudam de substância. Daí vem a palavra inventada por São Tomás de Aquino, no século XIII: Transubstanciação (Trans = passagem de uma coisa a outra; mudança. Substância = é aquilo que faz com que a coisa seja o que ela é e não outra, é aquilo que está bem firme por trás das aparências.

A Eucaristia é, para nós, o pão da vida, mas não um pão comum. Segundo Santo Agostinho, Cristo nos diz, na realidade do pão eucarístico: "Não sou eu que me transformo em ti, como os outros alimentos. Ao contrário: tu é que te transformas em mim". De fato, pela Eucaristia, o comungante se torna cristificado.

Creio ser necessário por isso esclarecer sobre a importância da escolha, por Cristo, das espécies do pão e do vinho, para a sua representação visível. Aqui podemos falar da dimensão cósmica e universal desses elementos, pois eles representam os frutos da terra e do trabalho humano, como diz a liturgia. Também devemos enfatizar aqui como que o esvaziamento de tais elementos da natureza, pois eles deixam de ser pão e vinho, mantendo apenas os acidentes, para serem de fato o Corpo e o Sangue de Cristo, realidade não compreensível pela razão humana, mas tão-somente pela fé. Na transubstanciação do pão e do vinho, isto é, na sua mudança de natureza e de substância (Dimensão Divina) podemos, contemplar, o "esvaziamento" desta condição divina, assumindo a condição de servo (kenosis) (Fl 2,6-8). Aqui vemos uma elevação das coisas criadas, ao mesmo tempo que contemplamos a humildade divina, por amor dos homens (Is 53,1-12; Ef 4,9), um mistério impenetrável para o entendimento racional.

Vejam que maravilha (não totalmente participada pela assembleia porque o celebrante diz em voz baixa): "Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade". Poderíamos ainda dizer que, assim como os dons do trigo e da uva desaparecem, mantendo apenas o sabor, para que Cristo opere, através deles, a obra salvífica do Pai, assim também o cristão deveria ser um forte sinal da redenção e dizer com São Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim" (cf. Gl 2,20a.).

Pão macerado, uva pisada... Corpo entregue ao sacrifício... o Cordeiro vertendo seu sangue para a salvação de todos: são belos sinais do sacrifício de Jesus, não é verdade? Sinais sacramentais, bem entendido.

A realidade sacramental da Eucaristia encontra-se em Jo 6,35 ("Eu sou o pão da vida"), a primeira autoproclamação de Cristo, que, depois, vai ser desenvolvida por São Paulo, pastoral e teologicamente, em suas cartas (1Cor 10,16-17; 11,23-26pp). Também a última autoproclamação ("Eu sou a videira..."), de Jo 15,1, está em ligação profunda com a primeira. Além de: "Tomai, comei, isto é meu Corpo...". "Tomai, bebei... este é o cálice do meu sangue..." (Evangelhos sinóticos)

Portanto, discutir se mastigar ou dissolver a hóstia consagrada, não é a coisa mais importante, às vezes, empobrece o mais profundo sentido da Eucaristia. Além do mais, apenas considerar essa questão é desconhecer que a hóstia (espécie) se desfaz no organismo, que ela pode mofar no sacrário ou se sujar quando cai no chão... Não obstante, a essência do sacramento permanece. Ou ainda: o pão e o vinho (assim como a água que depois do Batismo vai para o esgoto, ou os Santos Óleos secam ou são lavados) cumprem a sua grande e bela missão como o próprio Cristo: deixam-se consumir, desaparecer para que a grandeza do mistério se manifeste. O ideal, evidentemente, é colocar a hóstia na boca e consumi-la imediatamente, com respeito e veneração e viver com autenticidade e vida cristã porque somos "morada do mistério divino".

Se ela toca nos dentes ou é mastigada, nada disso interfere na essencialidade do que ela representa ou do que ele é para a alma, para a vida.

Já ia esquecendo: o mais grave de tudo isso, o que mais "danifica" o dom eucarístico é o pecado, a falta da graça, da santidade.

(Cf. os delitos graves contra a Eucaristia - Código de Direito Canônico - CDC - Can. 1367 e explicações - Para aprofundar sobre a Eucaristia: Ler Catecismo da Igreja Católica - CIC - dos números 1322 a 1418).

P.P. Bento XVI ministrando a comunhão

Comungar de joelhos ou em pé? Na mão ou na boca?

Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera
Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão.

A resposta do Cardeal foi breve e singela: "é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos".

Do mesmo modo, ao responder à pergunta da ACI Prensa sobre o costume promovido pelo Papa Bento XVI de fazer que os fiéis que recebam dele a Eucaristia o façam na boca e de joelhos, o Cardeal Cañizares disse que isso se deve "ao sentido que deve ter a comunhão, que é de adoração, de reconhecimento de Deus".

"Trata-se simplesmente de saber que estamos diante de Deus mesmo e que Ele veio a nós e que nós não o merecemos", afirmou.

O Cardeal disse também que comungar desta forma "é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos".

"De fato –acrescentou– se, se comunga de pé, é preciso fazer genuflexão, ou fazer uma inclinação profunda, coisa que não se faz".

O Prefeito vaticano disse ademais que "se trivializarmos a comunhão, trivializamos tudo, e não podemos perder um momento tão importante como é o de comungar, como é o de reconhecer a presença real de Cristo ali presente, do Deus que é amor dos amores como cantamos em uma canção espanhola".

Ao ser consultado pela ACI Prensa sobre os abusos litúrgicos em que incorrem alguns atualmente, o Cardeal disse que é necessário "corrigi-los, sobre tudo mediante uma boa formação: formação dos seminaristas, formação dos sacerdotes, formação dos catequistas, formação de todos os fiéis cristãos".

Esta formação, explicou, deve fazer que "celebre-se bem, para que se celebre conforme às exigências e dignidade da celebração, conforme às normas da Igreja, que é a única maneira que temos de celebrar autenticamente a Eucaristia".

Finalmente o Cardeal Cañizares disse à agência ACI Prensa que nesta tarefa de formação para celebrar bem a liturgia e corrigir os abusos, "os bispos têm uma responsabilidade muito particular, e não podemos deixar de cumpri-la, porque tudo o que façamos para que a Eucaristia se celebre bem será fazer que na Eucaristia se participe bem".