sábado, 31 de março de 2012

Domingo de Ramos


A partir de hoje memorizamos a figura de um justo sofredor, Jesus Cristo, que vence a batalha pela coerência, que enfrenta todo tipo de insulto, tortura e perseguição. Sua atitude foi sempre contra a violência e a opressão, e acaba vencendo. Não só isto, mas também convencendo os opressores de que estavam errados.

É a Semana Santa, momento em que o aparente fracasso se transforma em vitória, o que era considerado maldição pelos judeus, isto é, a morte acontecida na cruz, transforma-se em glória. Foi a realização plena daquilo que já era previsto no Antigo Testamento, nas palavras sábias e inspiradas proferidas pelos profetas.

Jesus, em toda a sua paixão e morte na cruz, mostra que a violência não é vencida com outra violência e com vingança. Revela também que o sofrimento nunca pode ser causa de desânimo e de perda total de esperança. Deve ser sim, fonte de atenção aos apelos do momento e ao caminho de conquista de uma cultura de paz.

Ater-se ao mundo da violência é deixar de ser a imagem, a semelhança, ou a forma de Deus. É ir à contramão dos indicativos e dos princípios cristãos, de ter capacidade de perder algo para evitar a violência. Nesta atitude está o começo de uma nova humanidade, dando sentido à vida como sendo de Deus e não nossa.

No mundo do desequilíbrio, do estres e da violência, temos que estar atentos aos fatos, ao livro da vida e responder a eles de forma coerente e convencidos de que o bem, a paz e a vida saudável são realidades possíveis. Foi justamente isto que Jesus, na Semana Santa, quis deixar claro em suas atitudes.

Interessante que Jesus sofre e é massacrado justamente por ter sido justo. É o caso do ímpio que persegue o justo, porque este fala a verdade, atitude que ofende quem pratica a inverdade. Mas em Jesus acontece a vitória do derrotado, o sucesso do fracassado, a glória da humilhação e a vida que nasce da morte.

domingo, 18 de março de 2012

Escala Quinzenal De Coroinhas

Domingo 18/3
Manhã: Samuel e Roni
Tarde: Daniel e Ozias
Noite: Vinicius, Pedro Lucas, Anderson e Aderlan

Terça Feira – 20/3
Coroinhas: Ozias e Daniel

Quinta Feira – 22/3
Coroinhas: Mathias e Pedro Lucas

Domingo – 25/3
Manhã: Pedro Lucas e Roni
Tarde: Daniel e Ozias
Noite: João Roberto, Vinicius, Aderlan, Mathias

Terça Feira – 27/3
Coroinhas: Ozias e Pedro Lucas

Quinta Feira – 29/03
Coroinhas: João Roberto e Mathias

Domingo – 31/03
Manhã: Roni e Ozias
Tarde: Daniel e Pedro Lucas
Noite: João Roberto, Ozias, Roni e Mathias

sexta-feira, 16 de março de 2012


"Juventude, face renovadora do mundo"


Diante de tantas as preocupações da Igreja, temos uma especial preocupação com uma fase da vida humana, que é a juventude. Por muitas vezes ouvimos dizer por parte dos políticos e das instituições governamentais: “O jovem de hoje é o cidadão de amanhã!”, com toda a razão é que dizem isso, mas de qualquer forma estes ainda se encontram, não só em meio ao “consumismo desconcientizador do mundo globalizado”, que o aliena do papel moral como também o afasta de Deus, mas também estão vulneráveis, a fome, as drogas, a pobreza, a falta de valores, entre tantos outros agravantes sociais. No documento de Aparecida temos que os jovens “... Representam enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e de nossos povos, como discípulos e missionários do Senhor Jesus...” dessa forma, como Igreja, somos convidados a junto do Magistério dar a devida importância a nossa juventude para o futuro e o crescimento não só desta instituição, mas também do conhecimento do amigo perfeito que é Jesus, e quanto a isso, ouvimos que: “... Os jovens são sensíveis a descobrir sua vocação a ser amigos e discípulos de Jesus (...) em sua procura pelo sentido da vida , são capazes e sensíveis para descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz.” 

Cabe, portanto, a cada um de nós, batizados, que hoje embora adultos, lembremos desta condição pela qual passamos e consequentemente, trabalhar dentro da família especial e primeiramente, a recuperação dos valores éticos, morais e religiosos, e a nós jovens que seremos os adultos de amanhã, desde já, uma consciência e um trabalho árduo, de além de manter estes valores acessos e eficazes, a também buscar formas, não de entender, mas de estar perto e levar para perto, o tão Amável Amigo Jesus, que muitas nos parece distante. Cristo assim como nós passou pela juventude, teve amigos jovens, como por exemplo, o jovem Lázaro.
 

Enfim, se de fato queremos cumprir o nosso papel de batizados, filhos amados do Pai, devemos assim como nos propõe a Conferência de Aparecida, ser discípulos e missionários, amigos fiéis do Cristo, onde a juventude é evangelizada estimuladamente pelo adulto e o jovem evangeliza, não só o adulto, mas os seus amigos jovens; sejamos como nos disse o Beato João Paulo II, na XVIII Jornada Mundial da Juventude do ano de 2002, em Toronto: “os jovens são chamados a ser ‘sentinelas da amanhã’, comprometendo-se na renovação do mundo a Luz do Plano do Pai.”
 

sábado, 10 de março de 2012

Milagre Eucarístico de Lanciano

"A minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6,55-56).




  Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..." E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo. Esta presença real da carne de Cristo (uma carne viva, unida à alma e à divindade do Verbo, pois Jesus está hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura há mais de 12 séculos e que a ciência examinou, e diante dos fatos, teve que se inclinar.
           Sim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. E Deus permitiu para todos os que ainda duvidam da presença Eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência. "Isto é meu corpo! Isto é meu sangue!", disse Cristo (cf. Mt 26,26-28).
           Este prodigioso milagre deu-se por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, na igreja do mosteiro de São Legoziano, onde viviam os monges da Ordem Basiliana (de São Basílio).

           Entre os monges, havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho Seu verdadeiro Sangue. Mas a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.
           Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:
           "Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"
           A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o monge num novo Tomé.




A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes.
           Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, construído a mando das pessoas mais credenciadas do lugarejo.
           A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.
           Os Frades Menores Conventuais guardam o Milagre desde 1252, por vontade de Landulfo, bispo da vila de Chieti. Os monges da Ordem de São Basílio guardaram o Milagre até 1176 e os Beneditinos até 1252.
           Em 1258 os Franciscanos construíram o santuário atual, que foi transformado em 1700 de romântico-gótico em barroco. Desde 1902 as relíquias estão custodiadas no segundo tabernáculo do altar monumental, erigido pelo povo de Lanciano no centro do presbitério.

O Milagre e a Ciência
           Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.
           Foi em 18 de novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome profissional e idoneidade moral a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, Prof. emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.
           Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:

  • A Carne é verdadeira carne.
  • O Sangue é verdadeiro sangue.
  • A Carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).
  • A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana.
  • No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no Sangue encontram-se normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou, seja, é sangue de uma pessoa VIVA.
  • A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário.
           E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:
                                        "E o Verbo se fez Carne!"
           E o impressionante é que é a Carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e portanto a vida – ao corpo inteiro; do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós.
           A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. "Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens", disse um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Sagrado Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduziu à cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares, em nossos sacrários e até em nossos corações.
           Em todo o caso, guardemos isto: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro. É verdadeiramente que se dá e que eu como.
           Tanto na hóstia como no vinho, está Jesus Cristo vivo e inteiro (corpo, sangue, alma e divindade). A comunhão eucarística existe nas duas espécies, na espécie do pão e na espécie do vinho, só que o vinho não é somente o sangue de Jesus, mas sim o próprio Jesus. E da mesma forma a hóstia não é somente carne, mas sim o próprio Jesus. O que aconteceu em Lanciano, acontece em todas as igrejas do mundo e em qualquer missa, a única diferença é que lá em Lanciano além de transubstanciar a substância (pão e vinho), transubstanciou-se também a aparência.


Escala Do Novenário de São José

10/3 – 1ª Noite
Principais: Roni e João Roberto
Auxiliares: Ozias e Getúlio

11/3 – 2ª Noite
Principais: Ozias e Roni
Auxiliares: Jeferson e Samuel

12/3 – 3ª Noite
Principais: Jeferson e Mathias
Auxiliar: Pedro Lucas

13/3 – 4ª Noite
Principais: Getúlio e João Roberto
Auxiliares: Mathias e Ozias

14/3 – 5ª Noite
Principais: Jeferson e Vinicius
Auxiliares: Arnaldo e Samuel

15/3 – 6ª Noite
Principais: Getúlio e Vinicius
Auxiliares: Mathias e Pedro Lucas

16/3 – 7ª Noite
Principais: João Roberto e Pedro Lucas
Auxiliares: Jeferson e Vinicius

17/3 – 9ª Noite (Noite Dos Acólitos)
Principais: Ozias e Getúlio
Auxiliares: Todos os Coroinhas

18/3 – 10ª Noite
Principais : Roni e João Roberto
Auxiliar: Ozias e Samuel


Obs. A escalação para a Solenidade de São José será feita na reunião das 9 hrs.  No dia 17/03.

sexta-feira, 9 de março de 2012

COMUNICADO DE ADESÃO DO MEJ A PASTORAL DO ACÓLITATO

     Comunicamos que por motivo de decisão pastoral o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ) será acompanhado pelos mesmos coordenadores dos Coroinhas. Até segunda decisão o grupo será aderido aos coroinhas/Acólitos. Até segunda ordem, portanto, o blog acolitosdaimaculada.blogspot.com será fonte de informação e também de estudos do MEJ. Agradecemos a compreensão de todos.

São José - Aos Nossos visitantes de Língua Englishwoman


Today, 09/03 begins the great feast of St. Joseph the worker, foster Father of our Lord Jesus Christ, Spouse of the Virgin Mary. In Brazil, the devotion to Saint Joseph is present in every homeeverywhere we see a sign of devotion to this man who is so little mentioned in the Biblebut so elated to have been a model father for Parents; Model worker for WorkersSt. Joseph is also patron of the Church of Christand we Acolytes of Araripina-PE honor this man as a symbol of our work to Godwe look up in his love and his care for all that concerns Mary and the BabyJesusMay St. Joseph Pray for us all to God!
     Hoje, dia 09/03 inicia-se a grande festa de São José operário, Pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo e Esposo da Virgem Maria. No Brasil a devoção a São José está presente em todos os lares, em todas as partes podemos ver um sinal da devoção a este homem que é tão pouco citado na Bíblia, porém tão exaltado por ter sido o modelo de pai para os Pais; Modelo de trabalhador para os Trabalhadores.  

      José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espirito". Ele tomou Maria e a levou para Belem e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
     A ultima menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalem. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa dAvila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da justiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.

OBSERVAÇÃO: A Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição Celebra os Festejos de São José, que começa hoje 09/03 no Bairro Universitário, na Capela de São José em Araripina-PE, as 19:00hs com a presença do Nosso Pároco, Pe. Domingos Malan.

quinta-feira, 8 de março de 2012


Maria, exemplo de mulher.

“Quem te conhece te quer
Mãe, você pra mim é o melhor exemplo de mulher”.
Deus na sua infinita sabedoria criou a mulher para caminhar ao lado do homem e a ela, deu características que lhe são peculiares à sua essência, porém no decorrer dos tempos, essas características próprias da mulher foram se perdendo e o mundo foi criando uma nova imagem de mulher: uma mulher que é vendida e que se vende por pouco, uma mulher que deixou de viver o chamado de Deus na sua família e prefere viver para as falsas riquezas do mundo.
Porém, em todo esse tempo, uma mulher continua apresentando ao mundo o real sentido de ser mulher, esta é Maria. Não foi à toa que Deus Pai a escolheu para ser Mãe do Salvador. Em Maria se encerra o sentido da feminilidade. Não uma feminilidade voltada à sensualidade, mas sim, voltada para a força, para o equilíbrio, para a delicadeza e por tantas outras qualidades próprias da essência feminina.
Deus Pai confiou à Maria a vida de Seu Filho único e, com todo amor, ela o educou e o formou. Jesus foi o homem que foi aqui na Terra, graças à Maria, pois Deus Pai em nada interferiu na passagem de Deus Filho aqui. Maria o educou, Maria o ensinou e, depois disso, Maria O acompanhou nos momentos mais dolorosos de Sua vida. Ela viu aquela criança que um dia foi afagada no seu colo ser açoitada e escarnecida pela humanidade. Neste momento, Maria nos mostra sua força. E mais, Maria mostra a todas as mulheres que hoje, vêem seus filhos, morrendo pelas drogas, pela depressão, ou mostra para aquelas mulheres que vêem suas famílias se acabando que é preciso ter força, que é preciso manter o equilíbrio, pois em momento nenhum Maria se desequilibrou ou gritou com alguém por estar maltratando seu filho. Ela esperou, esperou no silencio, Maria confiou em Deus.
Por isso, no dia de hoje, no qual lembramos a importância da mulher, que nós possamos pedir que Maria venha se apresentar a nós, filhas, netas, esposas, mães, avós, mulheres e nos ensine a sermos mulheres de verdade, negarmos o que o mundo quer que nós sejamos e abraçarmos a essência que Deus infundiu nos nossos corações quando nos criou.
Que Deus abençoe a todas as mulheres e que Maria seja sempre o exemplo que nós busquemos para sermos mães, filhas e servas de Deus.

terça-feira, 6 de março de 2012

D. Magnus em sua 1º visita Pastoral na Diocese de Salgueiro



Nosso Bispo Diocesano, D. Magnus Henrique Lopes, deu início hoje, com uma festiva Missa Solene celebrada às 08h00 na Matriz Senhora Sant’Ana, em Parnamirim, a sua 1ª Visita Pastoral na Diocese, com duração até o dia oito.
Embora nos três primeiros meses após sua posse, Dom Magnus tenha conseguido visitar todas as dezoito paróquias do território da Diocese e, ao longo desse primeiro ano já tenha celebrado diversas vezes em cada uma delas, inclusive em algumas comunidades rurais, a Visita Pastoral merece um destaque especial por ser uma visita canônica, portanto uma visita oficial, de cunho jurídico e pastoral, que o bispo diocesano faz à Diocese toda ao menos a cada cinco anos, em observância a determinação do Código de Direito Canônico.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A Força da Penitência




Deus desde sempre chama o ser humano a reconhecer os seus pecados, fazer penitência para que possa ser capaz de acolher o Reino de Deus que está cada vez mais próximo de nós. Mas para falar da penitência é necessário fazer-nos uma pergunta fundamental: de que penitência falamos? Não é a mesma coisa tratar da penitência sacramento. Esta é a confissão dos nossos pecados através da mediação do sacerdote que, em nome de Deus, nos dá o perdão, nos reconcilia conosco e com os outros, nos lava no sangue de Cristo e nos permite ter uma vida nova, cheia de amor e boas obras. O sacramento da penitência é sem dúvida o mais belo dom que Deus dá a cada um de nós através da sua Igreja. Nada de mais profundo, belo e pacificador que ouvir sobre nós “eu te absolvo de teus pecados”, as palavras que aquele que age na “pessoa de Cristo” nos diz: 

“Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho,

reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo

para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja,

o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados,

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”


Estas palavras são como que uma chuva que fecunda o nosso deserto, uma ponte que se reata a um caminho novo. Não devemos ter medo do amor de Deus, mas como dizem os santos, temamos “ofendê-lo” através da nossa maldade. 

Neste artigo, porém, não queremos falar do sacramento da penitência ou confissão, mas sim da virtude da penitência. Uma virtude que é necessário adquirir para podermos carregar com “alegria e aceitação” a cruz de Cristo que nos é oferecida no nosso dia-a-dia. O mesmo Jesus, no início de sua pregação nos diz: “aquele que quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!”

Vamos, portanto, tentar compreender esta virtude que é autodomínio, controle de si mesmo, ascese e purificação de tudo o que não é Deus. Implica em afastar de nós todas as coisas que não nos permitem viver o mistério do amor infinito do Senhor.


Penitência

É uma virtude cristã fundamental para o crescimento interior e que integra toda a nossa vida espiritual, nos oferece sem dúvida elementos para podermos compreender melhor a superação do pecado, a nossa aliança com Deus, a nossa fidelidade e amor ao Senhor e ao próximo. Consiste na renúncia consciente em vista de um bem, por isso a penitência e o sacrifício em si mesmos não têm sentido, seria puro masoquismo ou renúncia de “besta”, como diz São João da Cruz, que era penitente e entendia de pessoas penitentes, mas também entendia de pessoas desequilibradas que faziam penitências para mostrar o que não eram. 

A penitência cristã não consiste na privação por alguns momentos para em seguida “recuperar os tempos perdidos”, como me contava uma mulher santa e sábia: “Durante a quaresma eu faço penitência de não comer chocolate, mas, no dia da páscoa, eu recupero e como até me saciar...” A que serve esta maneira de pensar e de agir? A nada. Ou aquele distinto senhor que era capaz de ficar um mês inteiro sem beber nada alcoólico, mas depois esvaziava garrafas inteiras. Não é esta a penitência que o Senhor deseja. 

São João da Cruz sobre penitência é bastante claro e lúcido. 

“Atraídos pelo gosto experimentado em suas devoções, alguns se matam de penitências; outros se enfraquecem com jejuns, indo além do que a sua debilidade natural pode suportar. Agem sem ordem nem conselho do outrem; furtam o corpo à obediência, à qual se devem sujeitar; chegam até o ponto de agir contrariamente ao que lhes foi mandado.

Tais almas são imperfeitíssimas, e parecem ter perdido a razão. Colocam a sujeição e a obediência, isto é, a penitência racional e discreta, aceita por Deus como o melhor e mais agradável sacrifício, abaixo da penitência física, que, separada da primeira, é apenas sacrifício animal a que, como animais, se movem, pelo apetite e gosto ali oferecido.” (1N 6,1- 2) 

A penitência deve ser vista como atitude interior de todo o nosso ser para nos converter e assumir com verdade o evangelho de Jesus como norma de vida. O Papa Paulo VI, em 1966, nos deu uma Constituição apostólica chamada “Paenitemini”. Nesta carta o Papa tenta reapresentar a virtude da penitência como algo de fundamental para vivenciar com maior coerência o evangelho. Reafirma os valores bíblicos, teológicos e místicos da penitência. Todo o sentido da penitência é alcançar melhor a vivência do Cristo em nossa vida. O mundo de hoje rejeita tudo o que tem sabor de dor, sofrimento, renúncia. É um mundo marcado pelo prazer, pelo hedonismo e não quer conhecer que não se pode gozar das cosias eternas sem renunciar às coisas da terra.

Ainda o nosso mestre João da Cruz coloca bem em realce quando, com algumas frases secas, mas eficazes diz: “Inclinar-se sempre não ao mais fácil, mas sim ao mais difícil; não ao mais saboroso, mas ao mais insípido, não ao mais gostoso, mas ao que não dá gosto; não se inclinar ao que é descanso, mas ao mais trabalhoso... não andar buscando o melhor das coisas, mas o pior; e por Jesus Cristo ter, para com todas as coisas do mundo, desnudez, vazio e pobreza.” (Ditos 159). Quando, portanto, falamos da penitência, entendemos um conjunto de atitudes e de ações que manifestam no dia a dia nossa vontade de renunciar a tudo o que não é Deus.


Conversão evangélica

Jesus inicia a sua pregação convidando a todos à conversão, que não é outra coisa senão viver em penitência, com atitude de renúncia ao passado e presente para um novo estilo de vida, marcado pelo anúncio do Reino. “Completou-se o tempo, e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15) O evangelho é boa nova, é dom, nunca Jesus obriga alguém a viver a sua palavra, mas convida com amor, com insistência, deixando a liberdade que fica sempre ao homem que pode dizer o seu sim ou o seu não. A liberdade é oferta de Deus e resposta do homem. Mas toda conversão vai exigindo uma decisão forte e corajosa por parte de cada um de nós. Converter-se é romper com o que não está certo e fazer um caminho de volta, de retorno.

Esta penitência tem um nome um pouco difícil em grego: “metanoia”. Esta palavra significa mudança de pensamento, do modo de contemplar as coisas, revestir-se de um pensamento novo que é o pensamento de Cristo. Não pensar mais como o mundo, mas sim com a palavra de Deus. O evangelista Lucas apresenta com solenidade a entrada da mensagem de Cristo na história, e o faz para que todos se convençam que a missão de Jesus não é de poder nem de morte, mas sim de serviço e de vida. “Não vim chamar para a conversão os justos, mas os pecadores”.(Lc 5,32) Ele sabe que veio e está no nosso meio para salvar os “pecadores”, mas afinal quem são os pecadores e o que é o pecado? É curioso que a Igreja no Catecismo da Igreja Católica dê uma definição de pecado, mas não de pecadores. Todos temos medo de assumir a nossa atitude, a nossa profissão de “pecadores”. Na verdade pecador é quem “erra o centro de sua missão, se afasta do projeto inicial, e toma um caminho que o leva longe do seu destino”.

Jesus não pede muitas coisas aos pecadores para voltarem ao caminho certo, somente duas que são fundamentais para qualquer pessoa que queira ser sinal vivo do Senhor.

Penitência: Isto é, atos concretos de despojamento, de morte ao mal. Uma determinada determinação de assumir uma vida nova. Toda mudança exige esforço e treino. 

Às vezes eu me pergunto quantos sacrifícios e renúncias em vista de um prêmio fazem os atletas? O apóstolo Paulo lembra muito bem isso quando diz: “Não sabeis que os que correm no estádio correm todos, mas só um alcança o prêmio? Correi, pois, de modo que o alcanceis.” (1Cor 9, 24) Ascese, sacrifício, renúncia... são meios para se chegar à meta que é Cristo.

Compromisso de não pecar mais: O perdão é gratuito mas tem um preço para que seja eficaz, não pecar mais. É o que Jesus sempre pede depois que ele perdoa, como no caso da mulher adúltera: “os teus pecados estão perdoados, vá em paz e não peques mais.” É exigência fundamental da vida. Davi relembra: “Ensinarei os teus caminhos aos pecadores”. O apostolado dos pecadores convertidos é ensinar e educar para que outros não cometam o mesmo erro. Não devemos ter medo do nosso passado, mas sim do nosso futuro. É o que Jesus nos recorda: “Não peques mais para que não te aconteçam coisas ainda piores”. É advertência e não maldição.


A virtude da penitência

Uma das mais belas descrições da virtude da penitência me parece que continua a ser aquela dada pelo concilio de Trento quando diz: “É dor interior, aborrecimento do pecado cometido, com o propósito de não voltar a pecar”. É algo fundamental que deve ser ensinado às pessoas que convivem conosco. É necessário perceber dentro de nós a “dor” pelos erros cometidos. Às vezes nos santos esta dor era algo físico, mas em nós deve ser pelo menos um arrependimento interior que nos leve a fugir de todas as ocasiões de pecado. Superamos o erro quando nos sentimos profundamente conscientes dele. Não porque os outros nos dizem, mas sim porque nos convencemos que o mais prejudicado pelo pecado somos nós mesmos que perdemos, por uma alegria passageira e efêmera, a paz interior.

A virtude da penitência deve ser adquirida com muito esforço e persistência. Todos sabemos disto, embora nem sempre queiramos nos convencer desta realidade.

“Naturalmente, não seria razoável que uma pessoa fraca e doente se pusesse a fazer muitos jejuns e penitências, fosse para um deserto — onde não pudesse dormir nem tivesse comida — ou coisas semelhantes. Temos de pensar que, com o favor de Deus, podemos esforçar-nos para atingir um grande desprezo pelo mundo e pelas suas honras, desapegando-nos dos bens terrenos. É tão fraco o nosso coração que achamos que o chão vai faltar se nos descuidarmos um pouco do corpo para dar mais ao espírito. Logo pensamos que a fartura facilita o recolhimento, porque a preocupação perturba a oração” (Santa Teresa de Ávila, Vida 13,4).


Quatro formas penitenciais: 

Brevemente, porque este não é um tratado sobre a virtude da penitência mas são simplesmente idéias e luzes que vão iluminando a vida de cada um de nós e cabe a nós sabermos assumir as atitudes mais necessárias e mais adequadas para nossa vida concreta.


1. A oração

A oração vista como forma de penitência. Nem sempre é fácil rezar, é necessário uma renúncia constante de outros valores e atividades, às vezes muito mais agradáveis. É um momento de encontro com o invisível que nos chama à intimidade com Ele. Exige uma força de vontade não indiferente para sermos fiéis à nossa oração pessoal, comunitária e litúrgica. Todos os dias participar da Eucaristia, rezar o terço... são formas de fidelidade que revelam um caráter que se formou na escola dos profetas e dos santos. Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz sobre este aspecto apresentam um caminho de esvaziamento, de renúncia sem o qual não será possível chegar à plenitude de Deus. 

“Os que começam a ter oração apanham a água do poço, o que é muito trabalhoso...” (Santa Teresa, V 11,7-9).

“Amado meu, todo o áspero e trabalhoso quero para mim, e, para ti, tudo quanto é suave e saboroso” (São João da Cruz, D 129).


2. A esmola

A verdadeira esmola não é o “supérfluo, o inútil”. Quem faz limpeza na época da Campanha da Fraternidade em sua casa, dando aos pobres tudo o que é inservível, não faz caridade alguma, simplesmente desrespeita o irmão e faz dele “o cesto do lixo”. É necessário na caridade dar o que está “dentro do nosso prato”, o que é bom e não o descartável. Até os grandes supermercados acham que fazem caridade dando os produtos um dia antes de terem a validade vencida. Precisamos rever a nossa atitude de vida de caridade e de esmola como virtude da “penitência”. Todos sabemos como é difícil se privar de algo que gostamos para fazer alguém feliz.


3. O jejum

O jejum é a forma mais tradicional da “penitência”. Atualmente na Igreja os jejuns são “reduzidíssimos”, são dois e se a Igreja tirar também estes dois não tem problema nenhum… Mas jamais a Igreja poderá tirar do evangelho e da práxis o espírito penitencial do jejum, que é participar da paixão de Cristo, sermos solidários com os que sofrem, dividir o que temos. São atitudes necessárias no seguimento de Jesus. Não é permitido o “luxo” que fere a dignidade dos pobres. O evangelho é algo de muito austero e simples, sem negar a alegria em nada. Tudo é santo quando os nossos olhos forem santos e puros.


4. O vestir-se

A maneira de se vestir sempre manifestou atitudes interiores. Já os Padres da Igreja, Agostinho e Jerônimo são muito duros com aqueles que se vestem ricamente para se mostrar, para aparentar uma beleza passageira. A beleza não está nem nos vestidos nem nas jóias, mas sim nas “virtudes que adornam nossa alma”. A forma como nos vestimos revela o que buscamos, a essencialidade de Deus. Mas o desleixo não revela o devido respeito ao corpo, “sacramento” do amor infinito de Deus, mas sim puro descuido, e isto não vem do Senhor. Pode-se vestir pobremente, mas com dignidade e profundo amor.

domingo, 4 de março de 2012

O que é ser católico?


Um jovem me fez essa pergunta. Disse que há algum tempo está em crise de fé e tem buscado a solução em igrejas evangélicas. Em uma delas, ao se confessar católico, ouviu dizer que a palavra “católico” nem sequer está na Bíblia. Pedi que ele abrisse a sua Bíblia no Evangelho de Mateus, capítulo 28, versículos 18b-20.
“É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
Você percebeu que fiz questão de colocar em negrito uma palavrinha que aparece de modo insistente no texto: “TODO”. Jesus tem todo o poder; devemos anunciá-Lo a todos os povos, guardar todo o ensinamento d’Ele na certeza de que estará todos os dias conosco. Essa ordem de Cristo foi levada muito a sério pelos discípulos. Em grego a expressão “de acordo com o todo” pode ser traduzida por “Kat-holon”. Daí vem a palavra “católico” (em grego seria: Καθολικός). Ao longo do primeiro e segundo séculos os seguidores de Jesus Cristo começaram a ser reconhecidos como “cristãos” e “católicos”. As duas palavras eram utilizadas indistintamente. Ser católico já significava “ser plenamente cristão”. O Catolicismo, portanto, é o Cristianismo na sua “totalidade”. É a forma mais completa de obedecer ao mandato do Mestre antes de sua volta para o Pai. O mesmo mandato pode ser lido no Evangelho de Marcos 16,15: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”. Há, portanto, uma catolicidade vertical, que é ter o Cristo todo, ou seja, ser discípulo; e uma catolicidade horizontal, que é levar o Cristo a todos, ou seja, sermissionário. Isso é ser católico: totalmente discípulo, totalmente missionário, totalmente cristão!
Ao que tudo indica o termo “católico” se tornou mais popular a partir de Santo Inácio de Antioquia (discípulo de São João), pelo ano 110 d.C. Pode significar tanto a “universalidade” da Igreja como a sua “autenticidade”. Quase na mesma época, São Policarpo utilizava o termo “católico” também nesses dois sentidos. São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, dizia: “A Igreja é católica porque está espalhada por todo o mundo; ensina em plenitude toda a doutrina que a humanidade deve conhecer; conduz toda a humanidade à obediência religiosa; é a cura universal para o pecado e possui todas as virtudes” (“Catechesis” 18:23).
Veja que já estão bem claros os dois sentidos de “católico” como “universal e ortodoxo”. Durante mil anos os dois significados estiveram unidos. Mas por volta do ano 1000 aconteceu um grande cisma, que dividiu a Igreja em “Ocidental e Oriental”. A Igreja do Ocidente continuou a ser denominada “católica” e a Igreja do Oriente adotou o adjetivo de “ortodoxa”. Na raiz as duas palavras remetem ao significado original de Igreja: “autêntica”.
A Igreja católica reconhece que cristãos de outras Igrejas podem ter o batismo válido e possuir sementes da verdade em sua fé. Porém, sabe que apenas ela conserva e ensina, sem corrupção, TODA a doutrina apostólica e possui TODOS os meios de salvação.
Devemos viver e promover a sensibilidade ecumênica favorecendo a fraternidade com os irmãos que pensam ou vivem a fé cristã de um modo diferente. Mas isso não significa abrir mão de nossa catolicidade. Quando celebramos a Eucaristia seguimos à risca a ordem do Mestre, que disse: “Fazei isso em memória de mim!” A falta da Eucaristia deixa uma grande lacuna em algumas Igrejas. Um pastor evangélico, certa vez, me disse que gostaria de rezar a Ave-Maria, mas, por ser evangélico, não conseguia. Perguntei por quê? Ele disse que se sentia incomodado toda vez que lia o “Magnificat” em que a Santíssima Virgem proclama: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48)… E se questionava sobre o porquê de sua geração tão evangélica não fazer parte desta geração que proclama Bem-aventurada a Mãe do Salvador!
Realmente, ser católico é ser totalmente cristão!