terça-feira, 3 de abril de 2012

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR


Hoje e amanhã, segunda antiqüíssima tradição, a Igreja não celebra os sacramentos (MR p. 254).

O altar esteja totalmente despojado: sem cruz, castiçais ou toalha (MR p. 254).

Na tarde da sexta-feira, pelas três horas, [...] proceder-se-á à celebração da Paixão do Senhor, que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração a cruz e comunhão eucarística. Neste dia, a sagrada comunhão só pode ser distribuída aos fiéis durante a celebração da paixão do Senhor, mas poderá ser levada a qualquer hora aos doentes que não possam participar da celebração (MR p. 254).

O sacerdote e o diácono, de paramentos vermelhos como para a Missa, aproximam-se do altar, fazem-lhe reverência e prostam-se ou ajoelham-se. Todos rezam em silêncio por alguns instantes (MR p. 254). Não se deve cantar para a entrada (ABC, p. 80).

O sacerdote, com os ministros, dirige-se para a sua cadeira. Voltado para o povo de mãos unidas, diz a oração (MR p. 254).

I. Liturgia da Palavra e Oração Universal: a liturgia da Palavra é encerrada com a oração universal, do modo: o diácono, de pé junto aà mesa da palavra, propõe a intenção especial; todos oram um momento em silêncio; em seguida o sacerdote, de pé junto à cadeira ou se for oportuno, do altar, de braços abertos, diz a oração. Durante todo o tempo das orações, os fiéis podem permanecer de joelhos ou de pé (MR p. 255). Um ministro ou alguém da comunidade anuncia as intenções, todos se ajoelham em silêncio. Após alguns momentos, o celebrante se levanta e proclama a oração, enquanto a comunidade permanece ajoelhada. (ABC, p. 93).

As conferências episcopais podem propor aclamações do povo antes da oração do sacerdote, ou determinar que se mantenha o tradicional convite do diácono “Ajoelhomo-nos – Levantemo-nos”, ajoelhando-se todos para a oração em silêncio.

II. Adoração da Cruz: Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da santa Cruz, escolhendo-se, das duas formas propostas, a mais conveniente segundo razões pastorais (MR p. 256).

Primeira forma: A cruz velada é levada ao altar, acompanhada por dois ministros com velas acesas. O sacerdote, de pé diante do altar, recebe a cruz, descobre-lhe a parte superior e eleva um pouco, começando a antífona “Eis o lenho da cruz”, sendo ajudado, no canto, pelo diácono, ou mesmo se convier, pelo coro. Todos respondem: “Vinde adoremos!”. Terminado o canto, ajoelham-se e permanecem um momento adorando em silêncio, enquanto o sacerdote de pé, continua com a cruz erguida. Em seguida, o sacerdote descobre o braço direito da cruz, elevando-a de novo e começando a antífona “Eis o lenho da cruz”, tudo como a cima. Enfim, descobre toda a cruz e levantando-a, começa pela terceira vez a antífona “Eis o lenho da cruz”, prosseguindo como acima (MR p. 260).

Segunda forma: O sacerdote ou diácono, com os ministros (ou outro ministro idôneo), dirige-se à porta da Igreja, onde toma nas mãos a cruz sem véu. Acompanhado pelos ministros com velas acesas, vai em procissão pela nave até o presbitério. Junto à porta principal, no meio da igreja e à entrada do presbitério, de pé, ergue a cruz, cantando a antífona “Eis o lenho da cruz” a todos que respondem: “Vinde adoremos!” ajoelhando-se e adorando um momento em silêncio, como acima (MR p. 260).

Acompanhado de dois ministros com velas acesas, o sacerdote leva a cruz à entrada do presbitério ou a outro lugar conveniente, onde a coloca ou entrega aos ministros, que a sustentam, depondo os castiçais à direita e à esquerda. Faz-se então a adoração como adiante (MR p. 260).

Para a adoração da cruz aproximam-se, como em procissão, o sacerdote, o clero e os fiéis, exprimindo sua reverência pela genunflexão simples ou outro sinal apropriado, conforme costume da região, por exemplo, beijando a cruz. Durante a adoração, cantam-se cantos apropriados (MR p. 261).

Deve-se apresentar à adoração do povo uma só e mesma cruz. Se, por causa da grande quantidade de fiéis, não for possível aproximarem individualmente, o sacerdote toma a cruz e, de pé diante do altar, convida o povo em breves palavras a adorá-la em silêncio, mantendo-a erguida por um momento (MR p. 261).

Terminada a adoração, a cruz é levada para o altar, em seu lugar habitual. Os castiçais acesos são colocados perto do altar ou da cruz (MR p. 261).

III. Comunhão: Sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro. Pelo caminho mais curto, o diácono ou, na falta dele, o sacerdote traz o Santíssimo Sacramento do local da reposição, pelo trajeto mais curto e coloca-o sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio. Dois ministros com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam os castiçais perto do altar ou sobre ele (MR p. 267). A toalha do altar deve ser branca.

Tendo o diácono colocado o Santíssimo Sacramento sobre o altar e descoberto o cibório, o sacerdote aproxima-se e, feita a genunflexão, sobe ao altar. Inicia-se o rito da comunhão, com a oração do Pai-Nosso.

O sacerdote comunga e dá a comunhão aos fiéis. Durante a comunhão pode-se entoar um canto apropriado (MR p. 268).

Terminada a comunhão o cibório é transportado por um ministro competente para um lugar preparado fora da igreja ou, se não for possível, para o próprio tabernáculo (MR p. 268).

Se oportuno, observa-se um momento de silêncio. E o sacerdote diz a oração depois da comunhão. À despedida, o sacerdote estende as mãos sobre o povo e diz a oração (MR p. 268).

Todos se retiram em silêncio. O altar é oportunamente desnudado. No sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, e abstendo-se (desnudado o altar) do sacrifício da missa até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entregue às alegrias da Páscoa, que transbordarão por cinqüenta dias. Neste dia, a Sagrada Comunhão só pode ser dada como viático (MR p. 269).

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